quinta-feira, 21 de outubro de 2010

RETORNO DA QUINTA-FEIRA: 21.10.2010

 

Nesta quinta-feira tivemos aulas excepcionais devido ausência de professor:

SEGUNDO ANO DO ENSINO MÉDIO – APOSTILA ENERGIA – pags. 09 a 15

Hoje, aproveitamos a excepcionalidade deste dia para continuarmos a nossa apostila sobre energia renovável (energia que pode ser “inesgotável”) como exemplos tivemos a solar, marés, geotérmicas, biomassa, eólica e hidrelétrica.

A despeito da grande potencialidade destas energias alternativas, todas apresentam vantagens e desvantagens, mas, pela sua repercussão no meio ambiente, minimizam os possíveis impactos.

No caso das hidrelétricas os problemas estão relacionados a questão da inundação de grandes áreas para a formação de um lago artificial para a geração de energia potencial que moverá turbinas dentro da barragem, produzindo energia mecânica, para a sua transformação em energia elétrica, através de “dínamo” gigante. Na sala aproveitou-se para inserir a discussão da construção da usina de Belo Monte, no rio Xingu, Pará. energia hidreletrica(1)As questões indígenas e ambientais estão na ponta dos protestos com relação a construção desta hidrelétrica na região amazônica. Foi lembrado os impactos gerados pela construção da usina de Tucuruí, onde uma grande área de floresta foi inundada (sem contarmos o deslocamento de ribeirinhos) gerando problemas na questão do apodrecimento do material vegetal, afetando as turbinas e contribuindo na produção de poluição. Uma errata, em sala foi dito que a produção de energia hidráulica no Brasil estava em torno de 70%, mas esse número é muito maior, chegando perto de 90%.

A energia solar é a grande esperança na produção de energia, pois é extremamente limpa, não levando em consideração a produção das placas voltaicas. Contudo, ainda há problemas no aproveitamento desta energia (pouco em relação ao oferecido), ocupação de grandes áreas para a instalação das placas e questões relacionadas ao armazenamento ainda limitam seu uso. Lembrando que para o Brasil seria de grande valia pois sua posição geográfica (tropical) possibilitaria uma grande produção energética.

A energia eólica é baseada em grandes turbinas (alunos lembraram que recentemente chegaram ao nosso Estado esses aparelhos para serem instalados na região planáltica) acopladas a pás que produzem energia. As desvantagens estão focadas na utilização de grandes áreas, pois são necessária a construção de um parque eólico, com várias dessas torres. eolica-0Recentemente nos EUA ativistas protestaram contra a construção de um parque em pleno oceano, alegando que afetaria os seres marinhos da região. Vejam que nem mesmo instalando em pleno oceano (o que teoricamente não existiria problemas de espaço) podemos dizer que não há problemas. Alemanha e EUA se destacam na construção de turbinas e geração desta energia.

A energia dos oceanos seria a utilização do fluxo das marés para girar turbinas instaladas no oceano. O problema está relacionado na necessidade de locais com um fluxo regular de marés, e problemas ambientais. A França se destaca nesta produção energética.

Durante nossa aula percebemos que os três tipos de energia anteriormente relacionados teriam uma região promissora no Brasil. Seria o Nordeste, pois ventos regulares e fortes, marés com boa altura e muito, muito sol, poderiam transformar a realidade desta parte do país.

Por último, falamos sobre a energia geotérmica (distribuído irregularmente no planeta) que consiste no aproveitamento do interior quente e rochoso da terra (vapor em alta temperatura e pressão para movimentar turbinas). E a biocombustíveis, com destaque para o etanol brasileiro e biodiesel que são grandes alternativas para a substituição do petróleo (combustível para motor, bioplástico, etc). Contudo, exigem a ocupação de grandes areas para monocultura (cana-de-açúcar) o que pode forçar o deslocamento de outros gêneros alimentícios para o norte do país, na região amazônica.

TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO - AULA COMPLEMENTO SANTA CATARINA

Aproveitamos que os alunos estão a dois dias para fazerem a prova da Udesc para reforçarmos o “aulão de Santa Catarina”, complementamos sobre as fronteiras do Estado (no slide apenas foi colocado os estados, sem especificações sobre o rios e fronteiras secas).

Falamos de projetos importantes como o Micro bacias para financiar o pequeno produtor que se compromete a cuidar das nascentes e rios de sua propriedade; o parque Sapiens, localizado no norte da ilha para atuar no ramo tecnológico; o trabalho da UFSC como incubadora no ramo tecnológico.

zilda-arns-2Foi lembrado alguns nomes de destaque já falecidos de Santa Catarina como Sergio Murad (Beto Carreiro) e Dra. Zilda Arns, médica e sanitarista, ligada a Pastoral da Criança, falecida no terremoto do Haiti.

Quanto a questão agrícola, reforçamos o principais produtos do estado, a questão da pequena propriedade familiar, e principalmente o sistema integrado, onde o agricultor recebe um grande amparo de empresas, como os do ramo de carne. O produtor recebe aves e suínos para a engorda, para isso são providos de ração, vacinas, financiamento para as estruturas e garantia de compra, em troca entregam a produção e possíveis produções de milho ou soja que tenham em sua propriedade. frango-300x208A vantagem nesse sistema existe quando os preços desses animais apresenta-se alto, caso contrário, o pequeno produtor acaba sendo um espécie de “empregado de luxo” das grandes empresas do setor.

Aproveitamos essa discussão para colocarmos em pauta a fusão das duas maiores empresas do ramo de carne (suína e aviária) do Brasil, que foi a Perdigão/Sadia, que por ter se originado em nosso estado, exercem até hoje grande influência (no oeste catarinense, cada empresa possui um determinado número de propriedades associadas que pode ser identificado com placas nas entradas). Lembramos da tentativa de aquisição hostil (oferta pública de compra de ações de uma empresa por outra, independente da segunda estar à venda) amplamente rejeitada pela Perdigão (a maioria das ações pertence a fundos de pensões). A história virou quando a Sadia se viu enrolada em especulação financeira quando fazia apostas contra a flutuação do dólar, gerando uma dívida astronômica e forçando sua “união” em termos desvantajosos com a Perdigão.

As cooperativas também foram lembradas como um sistema comum em nosso estado e que colabora ainda mais para manter o homem catarinense no campo.

 

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